sexta-feira, 6 de junho de 2008

O susto

Resolvi que estava iniciando uma nova vida e necessitava tomar um banho. Não deveria ter tido essa idéia. A água do chuveiro acho que estava quente demais e minha pressão despencou, comecei a passar muito mal. A enfermeira correu e me jogou na cama do jeito que vim ao mundo, minha mãe ficou pálida de medo, mas logo melhorei e resolvi ficar bem quietinha na cama.
Na parte da tarde uma das enfermeiras me intimou a andar pelos corredores do hospital por que disse, que os gases da videolaparoscopia são violentos. Alguém já tentou andar com um dreno pendurado e um pedestal de soro arrastando-se ao seu lado? Tomara que ninguém precise passar por isso, é bem punk! Desisti em minutos e voltei ao aconchego de minha cama.
Na parte da noite liberei minha mãe para que pudesse ter vida e o Ri foi ficar comigo. Como toda santa mãe, a minha, avisou a nutrição que eu não estava comendo e mandaram uma picanha (na realidade era gelatina).
Me acabei de comer aquele manjar dos deuses, foi demais.
Dormi extremamente ansiosa pelo dia seguinte pois imaginava que ao amanhecer teria alta.
E foi o que aconteceu. Meu médico passou cedinho como sempre e me liberou. O problema é que deveria permanecer com o dreno até terça feira. Isso tudo ocorreu no sábado dia 31.
Cheguei em casa louca de saudades de tudo e de todos. O que fiz? Cama e mais cama.

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